Assim como em outras esferas educacionais, no ensino
superior, muitos alunos utilizam a prática do fichamento para estudar melhor os
assuntos que serão pauta de avaliações, assim como para a catalogação de dados
e informações para a redação de trabalhos de pesquisa, como projetos, artigos,
monografias e outros.
Nesse sentido, para Gil (1999, p. 86), os elementos importantes
obtidos a partir do material pesquisado devem ser anotados e, embora possam ser
realizadas anotações no próprio texto, recomenda-se que estas sejam feitas em
fichas de documentação.
As fichas constituem valioso recurso de estudo de que se
valem os pesquisadores para a realização de uma obra didática, científica e
outras. A prática contínua do fichamento pode levar o pesquisador a perceber
que o pequeno trabalho inicial reverte-se em ganho de tempo futuro, quando
precisar escrever sobre determinado assunto. Antes de tudo, o fichário precisa
ser funcional. Portanto, não se devem fichar informações que não sejam úteis no
futuro, como afirma Medeiros (2000, p. 96).
O modelo comum de fichas apresentado por autores como Gil
(1999), Medeiros (2000) e Marconi (2001) refere-se ao tempo em que a
informática ainda não era tão utilizada para fins acadêmicos, como o é
atualmente. Nesse sentido, as fichas eram elaboradas como se fossem pequenas
folhas de papel pautado, nas quais eram registradas as informações fichadas,
sendo que são comercializadas em blocos de 100 em livrarias e papelarias.
Inicialmente, vale apresentar como antigamente eram
elaboradas as fichas e, depois, são apresentados os tipos de fichas que poderão
ser elaboradas em qualquer microcomputador e organizadas eletronicamente.
Os modelos de fichas apresentados nas Figuras 1, 2 e 3 acima se tornaram
arcaicos com a contínua utilização da informática por parte dos alunos e
pesquisadores. Percebeu-se que eram realizadas duas atividades: (1) a redação
do conteúdo pesquisado para as fichas em papel, e (2) a transcrição do disposto
nas fichas para o computador. Assim, como no mundo moderno e repleto de
prioridades a serem seguidas, perder tempo com atividades desnecessárias se
tornou uma afronta à celeridade do processo de estudo e de pesquisa.
Dessa forma, neste ensaio, propõe-se a adoção de fichas realizadas
diretamente no computador, por meio do conhecido software Microsoft Word. A
partir da seleção de alguns campos das antigas fichas, o modelo a ser adotado
contempla sete itens dispostos na estrutura abaixo:
Para elaborar as novas fichas,
torna-se necessário apresentar os tipos existentes. Dentre os inúmeros tipos de
fichas dispostos em obras sobre Metodologia Científica, os mais úteis são:
Para
ilustrar como as fichas podem ser elaboradas, a seguir, estão dispostos os três
tipos de fichas, com exemplos reais de livros consultados.
Nos exemplos acima, percebe-se que as fichas foram
elaboradas de acordo com a necessidade do pesquisador. O mais interessante nas
fichas é que o seu conteúdo pode ser transcrito e utilizado para os trabalhos
que seu autor desempenhar em diversos momentos de sua trajetória acadêmica,
pois, a depender da necessidade de atualização das informações, uma ficha
elaborada em um ano pode ser útil para qualquer momento posterior.
Concluindo a apresentação sobre a utilização dos
fichamentos para a otimização e administração do tempo dos estudantes, como o
seu armazenamento é realizado no computador, pode-se elaborar pastas e
subpastas que identifiquem o assunto, a finalidade e o tipo de fichamento
elaborado, como se verifica na Figura 4 abaixo:
Figura 4 – Exemplo ilustrativo de
pastas e subpastas armazenadas em um computador
Fonte: autoria própria.
REFERÊNCIAS:
ANSOFF, H.
Igor; McDONNELL, Edward J. Implantando a administração estratégica. 2. ed. São Paulo: Atlas: 1993.
GIL,
Antonio Carlos. Métodos e técnicas de
pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
IANNI,
Octavio. Teorias da globalização. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 1996.
MARCONI,
Marina de Andrade. Metodologia
científica: para o curso de Direito. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
MEDEIROS,
João Bosco. Redação científica: a
prática de fichamentos, resumos, resenhas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
PORTER,
Michael E. Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e
da concorrência. 15. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1998.
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¹ Peter Barros é Administrador de Empresas, Mestre em Administração Estratégica (UNIFACS) Professor de Metodologia e Trabalho de Conclusão de Curso da Faculdade APOIO UNIFASS.
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